Se você já abriu o Windows Explorer, você viu que a unidade de disco na qual o Windows está instalado é, geralmente, a unidade C:. Caso seu PC possua mais de um HD, ou se vc tiver particionado o HD dele, haverá também um disco D:. E, se o seu computador tiver um leitor de DVD ou Blu-ray, ele será o E:.
Outras unidades, como HDs externos, Pendrives e cartões de memória serão chamadas por letras dí para frente: F:, G:, H:, e por aí vai. Mas você já se perguntou por que a nomeação começa pela letra C, em vez de A? Já se perguntou onde estão as unidades A: e B:? Se sim, continue lendo.
Disquetes
Por incrível que pareça, a resposta tem a ver com disquetes. Os tradicionais “floppy disks”, que hoje em dia só sobrevivem como ícone que representa “salvar” em alguns programas, em um momento da história da computação foram a principal fonte de entrada de dados em computadores.
Por esse motivo, antigamente, a unidade A: era dedicada aos disquetes. O mais “moderno” deles, esse azulzinho da foto, podia conter impressionantes (para a época) 1,44MB de dados. Ou seja, ele mal seria capaz de conter uma foto em alta resolução hoje em dia.
Essa dificuldade em armazenar dados trazia problemas, por exemplo, na hora de instalar programas. Por menores que eles fossem, os programas costumavam ocupar mais de um disquete. Programas mais pesados chegavam a ocupar mais de dez disquetes.
E, na hora de instalá-los, era necessário inserir um, esperar ele ser copiado, depois colocar outro, e por assim vai, até que os discos acabassem. Nesse momento, ainda era necessário colocar de novo o primeiro disquete para rodar o programa.
De forma a lidar com a inconveniência de precisar ficar trocando de disquete toda hora, alguns computadores vinham com duas unidades de disquete. Com isso, era possível passar mais dados para o computador ao mesmo tempo, e trocar de disquete menos vezes. Essas duas unidades eram, então, as unidades A: e B:.
Discos rígidos
Em inglês, os disquinhos coloridos eram chamados de “floppy disks”, um nome cuja tradução aproximada é “discos moles”. Por isso, quando foi lançada a tecnologia dos HDs atuais, que podiam armazenar muito mais dados, eles foram chamados, por oposição, de “discos rígidos”.
Eles chegaram, no entanto, a um mercado que já estava cheio de unidades de disquetes. Quando eram adicionados a um computador, em geral vinham depois de duas outras unidades de disquetes. Por isso, eles recebiam normalmente a atribuição de unidade C:.
O Windows vinham em disquetes, e precisava ser instalado em um disco rígido. Era justo supor, portanto, que o disco rígido não seria a primeira unidade da máquina. Em geral, ele era instalado no disco C:, usando os discos A: e B: como entradas.
Quando os disquetes foram caindo em desuso e os HDs se tornaram mais comuns, as novas versões do Windows ainda eram instaladas na unidade C: para evitar problemas de compatibilidade.
Quando um computador antigo recebia uma nova versão do Windows, ela ainda precisaria ser instalada na unidade C: (já que as unidades A: e B: eram de disquete), então novas versões do sistema operacional da Microsoft sempre se acomodavam na unidade C:.
Esse padrão, inclusive, se mantém até hoje. Na hora de instalar o Windows, você até pode criar uma partição no seu sistema para chamar de A: ou B:. A unidade do Windows, no entanto, ainda precisa ser a C:. Mas, com o Windows 10 chegando, é possível que a Microsoft resolva deixar para trás essa lembrança do passado.
Fonte: Olhar Digital.
Por Redação Olhar Digital – em 22/07/2015 às 17h05